O que é Yoga?
Se você lançar essa questão sobre um grupo de digamos umas 10 pessoas, provavelmente obterá ao menos 8 respostas diferentes. O entendimento sobre o Yoga ou sobre a prática de Yoga é absolutamente contextual e tempo dependente.
Quando novos alunos chegam a nossa escola é comum que se pergunte o porquê do interesse em nossas aulas e, baseado nessas respostas, o aspecto físico é o mais relevante. Yoga para “alongar”, para emagrecer, etc. Com o passar do tempo, essa atitude do/para o corpo começa a tomar novos rumos e o “outro lado” do Yoga começa a despertar, de forma lenta e gradual.
Quando a escrita era nossa — de Letícia e minha — principal ocupação, insistíamos nas rodas de conversa das quais participamos em feiras de livros e afins, que é impossível você fazer uma criança se apaixonar por literatura a partir de Machado de Assis. Criança gosta de revistinha da Mônica, do Tio Patinhas e, com o passar do tempo e por incentivo externo, chega a fase do despertar para outros tipos de literatura, passando pelo Harry Potter, pela Saga Crepúsculo e assim por diante até chegar ao Machadão. Devemos encarar Yoga da mesma forma: o iniciante não quer saber de Bhagavad Gita ou Hatha Yoga Pradipika (na maioria das vezes!) e sim quer fazer aquela “pose” bonita que tal usuário do Instagram realiza. Dê a essa pessoa mais dois ou três meses no máximo e ela mesma vai entender que temos uma linha filosófica com mais de 5000 anos de história documentada a seguir e que, além do asana, existem mais 7 passos fundamentais para se entender esse tal de conceito yogi.
Quando você está em uma aula na Índia, berço dessa benção chamada Yoga, o teu mestre vai tentar te fazer entender o conceito na carne: um asana impossível que você sofre só para entrar na postura, suando, sentindo aquele músculo que você nunca usa gemer e daí, com a cara mais lavada do mundo, vai mandar um “breath in, breath out and the most important, smile Mr. David…”. Yoga é alegre, por mais dedicação, foco, determinação que seja necessária para evoluir. Yoga é a seriedade feliz e bem-humorada.
Disseminar o ideário yogi é uma missão. Quanto mais gente “controlar as oscilações da mente” ( Patanjali 1.2), melhor será nossa convivência conosco e com os outros. Introverter para contaminar o ambiente onde se vive com seu bem-estar. Ser referência da positividade e não foco de problemas no convívio social.
Namaste!
David